Saudades!

Como explicar o vazio que, de repente, nos assombra?

Onde buscar o som da voz, a quentura do abraço, o sorriso lindo, a delicadeza do beijo, a suavidade do colo?

Como não derramar lágrimas? Como impedir o desespero?

Tantas lembranças, inúmeras imagens que cabem dentro do nosso coração... Como lidar com uma dor que parece que vai nos limitar ao nada? Difícil, tão difícil...

A dor maior é imaginar que não continuaremos caminhando... Que nos falta um pedaço tão grande que, por mais que busquemos várias saídas, todas se mostram bloqueadas pois a mão que nos guiava já não se encontra mais presente.

E até nos perguntamos: "Por que, Deus?"

Até que começamos a perceber que Ele sempre nos responde... Seja nos acalmando após o primeiro choro desesperado, seja por um suave sorriso durante uma lembrança...

Ele nos responde até mesmo pela passagem dos dias, em que percebemos que as lágrimas continuam (e continuarão por muito tempo) mas que, agora, trazem mais alento à dor.

E continua nos respondendo quando percebemos que de toda dor avassaladora que nos consumia, restou a saudade...  Uma doce saudade que já nos permite sorrir com as lembranças e que nos aquece pois percebemos que ela se juntou ao amor!